domingo, novembro 04, 2007

Lugar Nenhum!



Deite-se sobre a grama, perceba tudo o que nos rodeia.
Agora, ouça-me, por apenas alguns minutos.

O que vou lhe dizer já foi dito várias vezes, em vários lugares, por várias pessoas. Presente em letras de música ou muros pichados.
"Ninguém me entende!"

Mas não venho reclamar, mas sim questionar. Afinal, quem entende quem? Não posso pedir que me entenda se eu mal entendo você.
Não seria o verbo "entender" muito subjetivo para definir o que é ter a percepção de alguma coisa?

Generalizações são péssimas, mas como não há outro jeito, vou pedir a você que defina a nossa sociedade.
O que talvez você diria? Guerra, amor, diversão, sofrimento, vaidade, trabalho?

E se a definíssemos apenas como humanidade? Afinal, quem nos entende?

Eu penso que o mundo segue apenas uma meta: Equilíbrio.
Para isso existe o bem e o mal, o prazer e a dor, o amor e o ódio, a riqueza e a pobreza, o bom e o ruim, o positivo e o negativo.

O mundo funciona em pares. Que coisa, não?
Será que existimos só para manter esse tal de equilíbrio?

Para exemplificar, vamos formar dois times:
A = os bonzinhos
B = os perversos

Se time A está ganhando, o mundo fica muito acomodado e monótono.
Se time B está vencendo, o mundo vira um caos. Para exemplos, ligue sua TV.
Será porque tudo em demasia faz mal, mesmo o que é bom?

Então, qual é o meio termo? Eureka! O tal do equilíbrio.
Então quer dizer que o time A apenas existe para minimizar a força do time B e vice-versa?

Talvez, quem sabe, quiçá...
Será que um dia descobriremos?

A propósito, não tenho conhecimento de nenhum momento histórico em que o time A tenha saído na frente e a paz tenha reinado absoluta sobre a Terra. Mesmo antes de nosso planeta tornar-se habitável, ele já "ardia no fogo", e isso é ponto para o time B.

Pare o mundo que eu quero descer! (Raul, o Seixas, que o diga).
Não! Não vou. Vou ficar.
Mesmo sem saber o porquê de tudo isso, estou junto ao time A.
Confesso que algumas vezes eu caio no time B, pois, como humana também "funciono" em pares, e somos todos nômades.

E depois desse texto confuso, eu concluo que cheguei a... lugar nenhum!

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