segunda-feira, maio 18, 2009

Olá, pessoas!

No final de semana fui fazer ecoturismo (Caminhos do Mar) com o cursinho. Descemos a serra percorrendo a Estrada Velha de Santos e trechos da Calçada do Lorena, passando por pontos históricos, como o Pouso Paranapiacaba e o Rancho da Maioridade. O percurso total é de 8 km. Estou orgulhosa, quebrei meu recorde. =P


Foi uma experiência incrível. Apesar da presença antrópica, esse resquício de Mata Atlântica ainda mantém suas características selvagens. Havia muitas quedas d'água no percurso e alguns trechos de floresta densa. Apesar das trilhas que delimitavam o caminho, era fácil sentir-se perdido na mata. Eu experimentei um misto de sensações: medo, liberdade, melancolia, paz.


Embora houvesse muitas pessoas, nenhuma com a qual eu tivesse tanta afinidade, me isolei dos grupinhos e fui curtindo a solidão: eu e a natureza, apenas nós. Era quase iminente pensar em largar tudo e ficar ali mesmo, como se fosse fácil assim abandonar a civilização, incluindo a família, e todas as comodidades que ela oferece. Algumas vezes vinha alguém perguntar se estava tudo bem, e eu dizia que sim, que não era para se preocupar. É interessante notar como muitas pessoas têm pavor da solidão, mesmo que temporária, e não compreendem os que a apreciam.


Durante o percurso também é inevitável refletir sobre o Brasil colonial e seus escravos subindo, eu disse subindo, a serra com quilos nas costas.


É um passeio que recomendo muito para quem gosta de sentir-se perdido e de andar (muito!). hehe... Quem puder fazê-lo uma vez na vida, faça-o.


sábado, março 28, 2009

Prisões


Deus, igreja, sermões.
Padrões, padrões.

Beleza, vaidade, aberrações.
Padrões, padrões.

Dinheiro, luxo, ladrões.
Padrões, padrões.

Pão, circo, multidões.
Padrões, padrões.

Orgulho, fronteira, nações.
Padrões, padrões.

Consumismo, moda, aceitações.
Padrões, padrões.

Tolice, egocentria, convicções.
Padrões, padrões.

Não faço parte de padrões.
Contradições, contradições.

[Danielle Bandeira]

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Nostalgia!


Hoje o tempo está uma beleza. Sol moderado e ar fresco.
Dia ideal para os cachorros tomarem um belo de um banho.

Então fomos eu e minha mãe para o quintal, pegamos a mangueira e os três fugitivos, um por vez.
À medida em que eu sentia o sol e a água gelada batendo na minha pele a nostalgia vinha à tona.

Comentei com minha mãe:
- Poxa! Que vontade de tomar um banho de mangueira.

Ao que ela prontamente respondeu:
- Ué! E por que não toma?

Pensei um pouco e resolvi:
"Catchum! Chuá! Chuá!"

Minutos depois ela também entrou na onda.

Tomar e dar banho de mangueira são atitudes totalmente antiecológicas, eu sei.
Evidencia bem meu lado pseudoambientalista e individualista. Hipocrisia mor!

Entretanto foi ótimo para resgatar as boas recordações da minha infância e saborear a felicidade contida nas coisas simples.
Me sinto renovada.

terça-feira, fevereiro 17, 2009

O Trote e o Espetáculo do Bullying

Pode me chamar de careta e antissocial, mas eu sou contra essa coisa estúpida chamada de trote estudantil.

Para começo de conversa, o trote nada mais é do que a prática do bullying: alguém se acha superior por estar numa determinada instituição há mais tempo, e por isso julga-se no direito de exercer autoridade sobre os novatos.

Alguns que aprovam o trote justificam dizendo que é uma forma de socialização e diversão. Eu diria que é mais eficiente como forma de humilhação e exclusão.

Para mim qualquer trote é uma opressão, seja o leve ou o tal do trote solidário.
Vou explicar por que...

Trote leve e mediano
Cortar ou raspar o cabelo, jogar tinta ou sujeira, rasgar as roupas, mandar pedir dinheiro no semáforo, ridicularizar em público (mandar gritar coisas sem sentido, vestir roupas humilhantes ou ficar só com a roupa de baixo) etc.

Tem calouro que acha divertido e faz questão de participar. Nada contra! Cada um que seja responsável pelas próprias decisões.

No entanto, há pessoas que não querem participar, e o problema começa quando a recusa do "bixo" não é respeitada pelos veteranos. Estes, indignados por terem sua "autoridade" questionada decidem então forçá-lo a obedecer. Havendo resistência por parte do calouro, os veteranos passam então à prática do trote violento.

Trote violento
Agressão, perseguição, estupro, ingestão de vômito e todo tipo de sujeira, provocação de embriaguez, tentativa de afogamento etc.

Não é preciso dizer o quanto essas práticas são repugnantes.
É desolador ver um grupo de pessoas com acesso a cultura e informação desprezar a própria inteligência.

Trote solidário
Praticar atividades assistencialistas, tais como coleta de alimentos e roupas, doação de sangue e outras ações "voluntárias" promovendo a cidadania.

Muitas instituições de ensino adotaram esse tipo de trote como forma de eliminar ou amenizar a prática do trote tradicional, e claro, como auto-promoção.

A iniciativa pode até ser nobre, no entanto continua a exercer o autoritarismo sobre o novato.
Qualquer ação voluntária, como o próprio nome já diz, deveria ser praticada por espontânea vontade, do contrário perde todo o sentido.

Mas então por qual motivo as universidades não promovem simplesmente uma festa de boas vindas aos calouros em vez desse circo todo? Por que depois de se preparar arduamente para o vestibular, o estudante ainda tem que se submeter a mais uma prova que, assim como a anterior, traz como consequência a segregação de pessoas?
Todavia, a versão "amena" da antiga prática, que mistura cabeças raspadas, pintura corporal, "pedágios" e "aulas-trote" (em que um veterano se faz passar por um professor tirano), parece ter o objetivo implícito de perpetuar o sadomasoquismo pedagógico perante a sociedade, sociedade esta que parece muito mais preocupada com o espetáculo do que com a violência, e tolera a violência ritual praticada regularmente contra os jovens como um símbolo do sucesso daqueles que foram aprovados no vestibular. (Trecho retirado da Wikipédia)
 Tá explicado.

domingo, fevereiro 08, 2009

Não tolere o Bullying!


Bullying: Ato(s) de violência física e/ou psicológica intencional(is) e repetido(s) praticado(s) por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro(s) indivíduo(s) incapaz(es) de se defender.

O bullying é uma triste realidade do cotidiano de muitas crianças, adolescentes e jovens adultos. Acontece na escola, na faculdade, no trabalho e em outros ambientes de socialização.

Geralmente, os alvos são pessoas que possuem alguma diferença com relação aos demais, sendo apontadas como "anormais" pelos colegas: tímidos, gordos, negros, deficientes etc.

Há dois tipos de atores neste ato excludente, discriminatório, vexatório e violento: o direto e o indireto, ambos coniventes com a prática do bullying:
. O praticante do abuso, chamado de bully, é o que participa de forma direta.
. Aquele que observa a ação, mas não faz nada, ou seja, é indiferente e omisso, é o participante indireto.


Os traumas adquiridos na infância por conta das humilhações permanecem até a vida adulta e impedem que a vítima leve uma vida normal, sendo muitas vezes necessário recorrer a tratamentos psicológicos de longo prazo.

Algumas vítimas ficam muito transtornadas e passam a ter pensamentos suicidas e/ou comportamento violento, dispostas a vingar-se de seus agressores a qualquer custo, não sendo tão raro matá-los.

O debate é recente na sociedade e ainda não é tratado como prioridade. As escolas têm se mostrado totalmente despreparadas para lidar com o problema, e muitas crianças acabam adquirindo conceitos distorcidos de respeito ao próximo e às diferenças.

O papel de coibir essa prática não pode ficar apenas nas mãos dos professores, diretores e funcionários das escolas. É preciso haver uma mobilização, uma campanha de conscientização para que surta efeito.

É importante que não se omita ao ver uma pessoa sofrer bullying. Se não puder interceder, denuncie à autoridade responsável. Se você for uma vítima, não se cale, não permita-se ser violentado. Peça ajuda!

Como bem eu já comentei em um post anterior, fui vítima de bullying durante toda a minha infância e parte da adolescência. Apenas recentemente consegui me libertar de algunstraumas causados naquela época, porém outros mais ainda persistem e me causam algumas crises de angústia periodicamente.

Abaixo o vídeo de uma campanha estrangeira contra o Bullying.

sábado, fevereiro 07, 2009

Eu nasci há 40 anos atrás...


Estava eu na aula de Teoria Musical.
Uma garota sentou-se ao meu lado e começamos a conversar.

Ela fez algumas perguntas clássicas do tipo: "Você estuda?", "Qual instrumento você toca?" e "Quantos anos você tem?".

Aparentemente nada demais.
Porém, nesta última pergunta aconteceu algo inesperado.

Eu respondi: "Tenho 20 anos".

E então ela se pôs boquiaberta.

Eu pensei: "Lá vem merda. Ela vai dizer que achou que eu tivesse uns 26".

Respirei e fiz a pergunta: "Por que? Quantos anos você achou que eu tivesse?"

O golpe mortal: "Sei lá. Uns 40".

Eu pensei: "Puta que pariu! O que é que está acontecendo aqui?"

Mas apenas expressei um singelo: "Nossa. Que isso!"

Ela tentou consertar: "Brincadeira. Hum... achei que uns 33."

Depois dessa eu conclui que a garota é meio alienada.
Ela deve ter me julgado se baseando no meu peso e nos meus cabelos (que estavam um fuá) em vez de analisar a textura da minha pele, se eu tenho rugas, se meus dentes estão desgastados, ou seja, detalhes que geralmente começam a aparecer em quem já passou dos trinta.

Enfim...
Eu realmente não costumo me arrumar para ir a uma simples aula. Vou com minha aparência natural.
Meu interesse está em adquirir conhecimentos, não em atrair machos nem competir com fêmeas.

Eu simplesmente acordei, escovei os dentes, tomei banho, penteei os cabelos, pus um par de brincos, me vesti e saí.

Estou até acostumada quando me dão alguns anos a mais, tipo uns 23 ou 25, mas daí acharem que sou uma quarentona é, no mínimo, falta de percepção visual.


E que tipo de conclusão a mais posso tirar dessa experiência?
Que eu deveria fazer alguns sacrifícios em prol da beleza e me render aos paradigmas estéticos sociais?
Quiçá! Não sei. Por mais que eu odeie essa idéia e essa sociedade hipócrita, não nego que me sinto bem quando me acham bonita e aparentemente mais jovem.

De qualquer forma, felizmente eu não dou mais tanta importância à opinião alheia.
Fiquei chocada, claro, mas não é algo que vá arruinar meu dia ou me fazer perder a auto-estima, como era corriqueiro antigamente.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Delíquio


Como é triste o entardecer.
Não ouço o canto dos pássaros,
Somente instrumentos desafinados.
A angústia apodera-se do meu ser.

Como é triste o entardecer.
Não desabrocham as flores,
Prevalecem os maus odores.
Só me resta padecer.

Como é triste o entardecer.
Por todo canto a desconfiança,
Então morre a esperança.
Sinto-me desvanecer.

Como é triste o entardecer.
Quando leva à amarga reflexão,
Prestativa solidão,
Numa folha me pondo a escrever.

Mas vem a noite confortar,
Silenciosa e serena.
A realidade encena
Do profundo coma me libertar.

[Danielle Bandeira]

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Meu querido narigão...

Hoje eu vou contar um pouco da história da minha infeliz infância e de como eu aprendi a amar meu nariz proeminente.

Da infância até a adolescência eu sofri o famoso e inescrupuloso "bullying" escolar. Eu era a típica garota isolada e estudiosa que sentava na primeira carteira, sendo a queridinha dos professores e a odiada pelos colegas.

Dentre todas as ofensas que eu era obrigada a escutar dezenas de vezes ao dia, nenhuma machucava tanto quanto quando me chamavam de "nariguda" e "narigão".

Havia uma garota que orquestrava a sala e fazia todos os meus colegas, eu disse todos, cantarem musiquinha depreciativa. Ela fez da minha vida escolar um inferno por vários anos, pois afastava as pessoas que se aproximavam de mim e, apesar de também ter um nariz grande, poucas vezes foi motivo de chacota entre os colegas, pois ela ria de si mesma enquanto eu ficava quietinha, por vezes fingindo que ignorava para tentar fazê-los parar, outras chorando na frente de todo mundo.

Eu me sentia destruída, andava de cabeça baixa para não chamar a atenção, jogava o cabelo na frente do meu rosto, não suportava que me olhassem de lado, muito menos que tirassem foto desse ângulo. Eu achava que as pessoas não fossem gostar de mim por causa do nariz e que nenhum garoto fosse querer namorar comigo.

Aguentei calada por muito tempo, até que minha mãe começou a perceber minhas notas baixas e meu medo de ir para a escola. Mesmo assim não contava tudo, pois tinha vergonha que ela me defendesse. Não adiantava nada ter carinho e apoio de adultos, pois o mundo de uma criança é aquele com pessoas de sua idade, em que a opinião delas é a única coisa que importa.

Durante essa fase, em alguns momentos tive pensamentos suicidas, mas na maior parte do tempo eu sentia vontade de matar todos os que me causavam mal.
Levei muitos anos para superar a vergonha do meu nariz, que é apenas uma pequena parte do problema. Muitas outras coisas ainda persistem, por isso faço terapia há cerca de 4 anos.

O padrão estético imposto principalmente pela grande mídia é aceito pelas pessoas de forma tão fácil que elas tornam-se preconceituosas e passam a excluir e humilhar quem está fora dele. Todos passam a buscar um rosto simétrico e perfeitinho entupindo-se de maquiagem para tentar esconder as ditas imperfeições, submetendo-se a cirurgias para corrigir "problemas" mais profundos. Como diz o senso comum: tudo pela beleza.

As mulheres, principalmente, são escravas da imposição machista do padrão estético ideal. É para atingir esse padrão que elas passam horas no cabeleireiro, na manicure, na academia, no esteticista. É para atingir esse padrão que elas fazem lipoaspiração, cirurgias, colocam silicone e botox. É uma multidão de pessoas sendo manipuladas, sofrendo apenas para serem aceitas por seus opressores. O pior de tudo é ver os efeitos disso no ambiente escolar, na época em que as pessoas começam a formar suas identidades.

O importante é que hoje eu amo meu nariz e não quero fazer nenhuma cirurgia para remodelar o pobrezinho. Ele faz parte de mim e me torna uma pessoa única. Por que eu destruiria minha identidade apenas para agradar aos olhos de uma sociedade que me julga, que me oprime?

Não mesmo! Eu consegui me libertar.
Hoje eu sou livre para ser eu mesma.
Doa a quem doer.

terça-feira, janeiro 27, 2009

Quando o mundo é invasivo...


"Você é vegetariana?"
Sou.
Argumento clichê nº1: "Mas não come nem peixe? Abra uma exceção. Peixe faz bem."
Argumento clichê nº2: "É uma dieta muito radical. Precisamos de carne. Assim você vai ficar anêmica."
Argumento clichê nº3: "Mas as plantas também são seres vivos. Elas sentem dor."
Argumento clichê nº4: "Os animais nasceram para nos servir. Deus os criou para nos alimentar."
Argumento clichê nº5: "Antes eles do que eu. Sou carnívoro. Não resisto a uma picanha."
Argumento clichê nº6: [Qualquer piada de mau gosto].

"Você não bebe?"
Não.
Argumento clichê nº1: "Beber um pouco não faz mal. Toma uma cervejinha."
Argumento clichê nº2: "Beber faz a gente ter história pra contar."
Argumento clichê nº3: "Você é fraca. Vá beber leite. Há! Há! Há!"

"Você não vai a baladas?"
Não.
Argumento clichê nº1: "Você precisa se divertir mais."
Argumento clichê nº2: "Você precisa fazer amigos."
Argumento clichê nº3: "Você não vai arrumar namorado se ficar em casa."

"Você não vai se maquiar?"
Não.
Argumento clichê nº1: "Homem não gosta de mulher feia."
Argumento clichê nº2: "Você precisa se amar mais."

Parece até que eu faço força para ser a "alternativa revoltada".
Não há nada pior do que não poder ser você mesma em paz.
De verdade, eu faço de tudo para não ter que discutir esses assuntos.
Eu até me escondo, mas sempre me cutucam.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Acredite na superficialidade, acredite no preconceito.



"Não seria bom viver num mundo sem vaidade?
Um mundo onde a imagem não tivesse importância.
Onde a beleza não fosse valorizada.
Não seria bom viver nesse mundo?"

A propaganda seria perfeita, não fosse o desfecho ridículo...

"Não. Não seria.
Acredite na beleza.
O Boticário."

Isso mesmo. Acredite na superficialidade, acredite no preconceito.
Essa é a campanha (não tão nova, eu sei) da Boticário.
Claro que não poderia ser diferente, é o negócio dela... a indústria da beleza.

É a mídia impondo padrões de beleza e as pessoas perdendo cada vez mais tempo de suas vidas tentando alcançá-los inutilmente.

Além do mais, uma coisa com a qual eu fico extremamente indignada é com esse tipo de preconceito silencioso, que está disfarçado de brincadeira, mas no fundo é uma discriminação tão cruel quanto o racismo.
O preconceito com as pessoas desprovidas de beleza, os feios.

É só ver numa rodinha onde há alguns homens conversando.
Eles adoram falar da mulher alheia, classificar as moças que passam pela rua. A gargalhada é recíproca e ninguém, absolutamente ninguém, acha nada demais em esculhambar pessoas feias.
É como se elas realmente estivessem ali para aquilo. Como se tivessem cometido um delito gravíssimo e estivessem pagando suas penas.

Entre mulheres não é diferente. É só sentar perto de um grupinho de garotas adolescentes e escutar a conversa. "Fulano está a fim de mim. Ele até que é legal, mas é muito feio. Eu não fico de jeito nenhum".
Nesse ponto, de nada vale se os sentimentos da pessoa são verdadeiros, se ela possui bons valores. Ela tem o pior defeito do mundo: é feia.

E agora me vem essa campanha infeliz e machista dizer que a beleza deve ser valorizada.
E infelizmente funciona com a maioria das pessoas. Ah, e como funciona...

Lá se vão as mulheres em uma competição selvagem para mostrar quem é mais artificial, quem conquista mais machos. E os homens sentadinhos, assistindo a selvageria para, ao final, receber o seu troféu auto-oferecido.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Saia da Matrix, querido software.

Minhas pessoas, vocês têm notado a apelação dos publicitários atualmente? Eles estão jogando sujo, muito sujo.

Querem enfiar suas marcas em nossas cabeças apelando para anúncios sentimentalistas.
Querem arrancar nossos choros e nos controlar no palco: dancem marionetes, mas não esqueçam de consumir!

Estão colocando cada vez mais crianças e animais nos anúncios, recorrendo ao nosso maior modelo de vida perfeita: o american way of life. Parece que comercial de margarina agora é referência para outros segmentos.

"Hoje é o dia mais feliz da minha vida, pois abri uma conta no banco X" é o perfil de cliente retardado que eles têm de você.
Para eles você é tão superficial que seu pior pesadelo é descobrir que "o refrigerante Y acabou em todo o planeta".

Afinal, qual a melhor maneira de fazer o cliente gostar da sua empresa?
Apele para o emocional dele, faça com que acredite que sua empresa é boazinha e se importa com ele, não com seu dinheiro, e ainda pose de bom samaritano declarando-se ecologicamente correto.

Ao inferno com essa Matrix!
Não sou um software!
Vocês não me controlam mais!